sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A IMPORTÂNCIA DO PEDAGOGO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

A IMPORTÂNCIA DO  PEDAGOGO NA FORMAÇÃO  PROFISSIONAL                              
Cláudia  Honorato¹
RESUMO

Este estudo trata do tema A importância do Pedagogo na Formação Profissional e tem por objetivo explicitar a importância de que formar novos profissionais com qualidade não é uma tarefa fácil e implica na formação técnica para o exercício numa sociedade que anseia por cidadania e domínio de diferentes tecnologias. Nesse contexto, torna-se urgente a ampliação das possibilidades de uma formação geral vislumbrando a preparação para o trabalho e o emprego. O enfrentamento deste desafio remete a uma prática pedagógica que permita um acompanhamento da formação profissional dos alunos integrada as TIC´s (Tecnologias de Informação e Comunicação). Para tanto, o Pedagogo na função de Coordenador Pedagógico busca através de suas habilidades conviver e resolver os problemas que surgem na organização do  trabalho  pedagógico, indo além da prática burocrática, avançando sempre, tendo percepção, sensibilidade e agilidade na tomada de decisões.  Cita-se, como metodologia de pesquisa o cunho bibliográfico apresentando o posicionamento de estudiosos sobre a temática.

 Palavras-Chave: Pedagogo. Formação. Profissional. Curso. Técnico.

ABSTRACT[1]
This article deals with the theme of the importance of Teacher Training and aims to explain the importance of forming new professionals with quality is not an easy task and involves the technical training for the exercise in a society that yearns for citizenship and respect for different technologies. In this context, there is an urgent need to expand the possibilities of a general training glimpsing the preparation for work and employment. The face of this challenge refers to a pedagogical practice that allows monitoring of the training of students integrated ICT's (Information and Communication Technologies). For both, the pedagogue in the role of pedagogical coordinator seeks, through their skills live and solve the problems that arise in the organization of pedagogical work, going beyond the bureaucratic practice, advancing ever, having insight, sensitivity and agility in decision-making. Quotes, as research methodology with the literature showing the positioning of scholars on the subject.
Key-words: teacher. Formation. Professional. The course. Technician.

1                  INTRODUÇÃO
A palavra Pedagogia trata da educação. E, para desenvolvê-la vem o Pedagogo?  Quem é o Pedagogo? Qual a sua importância para a escola, alunos e professores? Em tempos passados era o mestre de meninos; era o escravo que conduzia as crianças ao saber, a aprendizagem. E hoje, em pleno século XXI, ser pedagogo é? Ser responsável pela organização do trabalho pedagógico de qualquer nível de ensino? Saber lidar com as diferenças com igualdade na tomada de decisões? Saber coordenador diferentes níveis de ensino? As respostas para estes questionamentos é objeto deste estudo, tendo como tema A importância do Pedagogo na Formação Profissional.
Diante disso, observa-se um processo de mudanças e transformações estruturais significativas, emergem tensões, questionamentos, convergências e divergências quanto a importância do Pedagogo na escola. Afinal, o que ele deve ou não cobrar dos alunos.
Por conseguinte, todos os processos que ocorrem em sala de aula devem ser entendidos e explicados sempre em uma perspectiva mais ampla da organização do trabalho pedagógico na escola e esta organização no contexto sóciocultural maior de uma sociedade capitalista, tendo como princípio fundante o trabalho. Diante desta perspectiva, é possível o trabalho satisfaça as necessidades particulares do ser humano.
Especificamente, sendo o Pedagogo também o Coordenador Pedagógico na escola a sua importância pode ser vista ao longo de um caminho a ser trilhado com compromisso social e pessoal. Sabe-se que, o Pedagogo é um agente imprescindível para a Escola, independente do nível de ensino. Portanto, é fundamental ter clareza do seu papel social e político diante da formação, socialização, e, principalmente, com a emancipação dos alunos. “A presença do pedagogo escolar torna-se, pois, uma exigência dos sistemas de ensino e da realidade escolar, tendo em vista melhorar a qualidade da oferta de ensino para a população“ (LIBÂNEO, 2006, p.21).
Entender o porquê da importância da presença de um Pedagogo na escola, conhecendo os desafios e suas possíveis conquistas até os dias de hoje, considerando a formação de profissionais através de um curso técnico.
Cita-se, como metodologia de pesquisa o cunho bibliográfico apresentando o posicionamento de estudiosos sobre a temática em questão.

2                  A IMPORTANCIA DO PEDAGOGO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Os espaços educativos estão enfrentando momentos de muitos desafios. Nesse contexto, o  Pedagogo, normalmente, Coordenador  Pedagógico tem estado em constante evidência,  o mesmo vem assumindo responsabilidades e tomando muito mais decisões do que em décadas anteriores e dele é cobrado extrema compreensão, sensibilidade e interação com todo o desenrolar da prática educativa, não somente organizando mas envolvendo com os processos.
Mediante isso, faz-se necessário entender ao longo da história o surgimento e a forma de participação desse profissional. E, em tempos de globalização o mesmo precisa coordenar equipes, ser pró-ativo e manter-se dinâmico.   
Nessa lógica, Libâneo (2001, p. 160) esclarece que:
                                         Pedagogia, mediante conhecimentos científicos, filosóficos e técnicoprofissionais, investiga a realidade educacional em transformação, para explicitar objetivos e processos de intervenção metodológica e organizativa referentes à transmissão/assimilação de saberes e modos de ação. Ela visa o entendimento, global e intencionalmente dirigido, dos problemas educativos e, para isso, recorre aos aportes teóricos providos pelas demais ciências da educação.
 Com isso, no Brasil, o profissional Pedagogo na função de Coordenador Pedagógico apareceu no início da década de vinte, porém foi efetivado na escola somente no final da década de 1960, o que gerou reformulações significativas nos cursos de Pedagogia, que tinha como referência as Teorias da Administração Empresarial. Proporcionando um conceito tecnicista, cabendo ao supervisor atribuições como: pesquisa, planejamento, criação de estratégias e avaliação do ensino-aprendizagem.
Diante disso, nos anos de 1980, a escola abriu-se para o processo de democratização da sociedade, onde o que permeava era a demanda por participação e autonomia.    Para o Coordenador Pedagógico tal contexto, indicou progresso e consequentemente, a possibilidade de cidadania.
            Entretanto, nessa perspectiva cabe ao  Pedagogo na função de Coordenador Pedagógico harmonizar a escola. Isso significa que: tudo o que for feito depende das intervenções  do mesmo. Ele pode fazer a diferença em tempos de globalização sendo: pró-ativo, determinado, atento as inovações impostas a educação no século XXI.
Diferentemente das demais ciências da educação, a Pedagogia é a ciência da prática. Aí está sua especificidade. Ela não se constrói como discurso sobre a educação. Mas a partir da prática dos educadores tomada como a referência para a construção dos saberes no confronto com os saberes teóricos (PIMENTA, 2000, p. 47). 
           Por intermédio dessa prática, dos anos de 1990 aos dias atuais, o Sistema Educacional Brasileiro atendeu a essas especificidades que conforme a LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 resgatou as diversidades e a efetivação da práxis de uma educação libertadora deve envolver na busca por um compromisso coletivo tendo a participação  da comunidade que compõe o espaço educativo, acreditar nas pessoas  em suas competências e habilidades, confirmar a participação em todas as decisões, permanentemente, descentralizar poder, igualar as oportunidades, dando a toda a comunidade condições plenas de aprendizagem.
            Diante do exposto, a educação de qualidade surge como possibilidade real desde que Pedagogo na função de Coordenador Pedagógico consiga estabelecer bons resultados na organização do trabalho pedagógico, o que não indica que será algo fácil, mas é um trabalho que tem que ser feito, implantado e acompanhado cotidianamente.
Mediante as incertezas quando ao atual cenário educacional, o Pedagogo na função de Coordenador Pedagógico passa a ter um papel estratégico e diferenciado quanto ao que normalmente era exigido desse profissional no século passado. Mas, há necessidade de um olhar estratégico, pois o coordenador pedagógico normalmente coordena processos e que deve ser orientado pelo seu bom senso e um bom trato nas suas relações. Ser requisitado com freqüência faz parte de seu cotidiano, principalmente pelo corpo docente.
Acompanhar o professor em suas atividades de planejamento, docente e avaliação; Fornecer subsídio que permitam aos professores atualizarem-se e aperfeiçoarem-se constante em relação ao exercício profissional; Promover reuniões, discussões e debates com a população escolar e a comunidade no sentido de melhorar sempre mais o processo educativo; Estimular os professores a desenvolverem com entusiasmo suas atividades, procurando auxiliá-los na prevenção e na solução dos problemas que parecem  (PILETTI, 1998, p.125).
Sem dúvida, o trabalho  Pedagogo é árduo e, diante dos  novos processos e inovações advindas das demandas globais que vigoram nos dias atuais  esse profissional não pára mais, pois as suas funções a cada dia vêm sendo ampliadas. Com certeza, será um dos profissionais de destaque no século XXI. Devido a essa complexidade, nos trabalhos desenvolvidos na escola deve ir além da prática burocrática, avançando sempre, tendo percepção e sensibilidade para conviver num ambiente escolar que vem recebendo fortes influências do processo de globalização. Daí, tendo que romper com determinadas condutas, isso não significa ignorar todos os processos anteriores, e sim compreender a importância destes em respostas as situações que ocorrem no presente e quem sabe até no futuro.
No cotidiano escolar costuma haver uma expectativa instalada sobre o papel do coordenador pedagógico, de tal forma que quando ocorre mudança, a pressão é tão grande que o novo coordenador termina se enquadrado no modelo existente, naquilo que já se esperava dele: a expectativa formata o desempenho” (VASCONCELLOS, 2002, p.104)
De um modo geral, a importância do Pedagogo pode ser identificada através de suas habilidades profissionais, por ser um profissional que acompanha de perto o a organização do trabalho pedagógico.
Desenvolver pessoas não é apenas dar-lhes informação para que elas aprendam novos conhecimentos, habilidades e destrezas e se tornem mais eficientes naquilo que fazem. É, sobretudo, dar-lhes a formação básica para que elas aprendam novas atitudes, soluções, idéias, conceitos e que modifiquem seus hábitos e comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo que fazem. Formar é muito mais do que simplesmente informar, pois representa um enriquecimento da personalidade humana                       (CHIAVENATO, 1999, p. 290).
Para o Pedagogo é possível integrar ou separar, vencer ou derrotar, conduzir ou impedir os avanços quanto a organização pedagógica usando suas habilidades profissionais. Ser habilidoso facilita quanto a compreensão e manifestação do que e como deve ser feito diante dos desafios. Existem muitas habilidades profissionais, mas  as  comumente  usadas são:
·       Poder de persuasão: quem usa a persuasão consegue que os demais aceitem as suas idéias com facilidades. E, soa como um bom conselho;
·       Ousadia: indica coragem, determinação para realizar as intervenções e até mesmo para iniciar os relacionamentos;
·       Motivação: não é algo pronto e também, não tem receitas. É uma sensação que ocorre individualmente e mediante incentivos, cada pessoa tem o seu momento.
·       Facilidade de relações interpessoais: relacionamento entre as pessoas, independente das diferenças de cada um;
·       Comunicação fluente: falar com clareza, buscando a compreensão dos assuntos  tratados;
·       Pró-atividade: trata da disposição para realizar as atividades com rapidez e eficiência;
·       Controle emocional: poucos o têm. Se, Pedagogo na função de Coordenador Pedagógico o tiver conseguirá se controlar diante dos anseios de sua equipe de trabalho;
·       Coerência: refere-se a permanência e manutenção de idéias, posicionamentos e postura;
·       Trabalho em equipe: é sempre um desafio, mas é possível. Depende da articulação entre os envolvidos;
·        Competitividade: em tempos de globalização a competição tornou-se uma constante e é imprescindível para o fortalecimento;
·       Capacidade de liderança: poucos coordenadores a tem apesar da função exigir;
·       Empatia: à medida que, uma boa impressão é causada tudo fica diferente entre as pessoas envolvidas. A empatia ocorre naturalmente e a primeira vista, ou a pessoa sente ou não.
Habilidades? Existem muitas. Quem consegue adquiri-las tem êxito no que faz.  Logo, o Pedagogo na função de Coordenador Pedagógico precisa delas e as usa com freqüência, pois a cada tomada de decisão elas são manifestas. Com certeza, diariamente, ele deixa transparecer alguma habilidade, destaca-se que não há relacionamentos sem a identificação delas.
O pedagogo (...) precisa ter sensibilidade suficiente para perceber quais estratégias podem ser usadas em que circunstâncias para que não se desperdice tempo demais aplicando numerosos métodos e com isso  perca de vista os propósitos (...). Ao planejar (...) obedece ao princípio do desenvolvimento concomitante de competências técnicas e de relacionamento social. (RIBEIRO, 2003, p.20).
Na sociedade globalizada não há respostas prontas e os acontecimentos surpreendem e se renovam onde o Pedagogo na função de Coordenador Pedagógico trabalha meio a muitas mudanças, principalmente, quanto aos relacionamentos interpessoais. Ciente disso, ele busca através de suas habilidades conviver e resolver os problemas que surgem em seu cotidiano, facilitando o seu dia-a-dia e contribuindo para o desenvolvimento  da equipe pedagógica sob sua coordenação.
[...] o colocar-se no lugar do outro, é também recurso fundamental para levar ao crescimento. Ser capaz de tomar o lugar de referência do outro, sem  no  entanto esquecer que é do outro, é condição imprescindível a uma relação interpessoal promotora de crescimento.[...] (ALMEIDA, 2006, p. 76)

A referência nesse contexto, se  dá  por uma postura ética, considerando as diferenças e limitações de seus semelhantes que “[...] engloba os conhecimentos, as habilidades (ou aptidões) e as atitudes dos docentes, ou seja, tudo o que foi muitas vezes chamado de saber, de saber-fazer, e de saber-ser.” (TARDIF, 2002 apud ANDRÉ e VIEIRA, 2006, p. 14)
Mas, infelizmente, ainda há Pedagogos na função de Coordenadores Pedagógicos que agem no improviso, “apagam incêndios”. O que tem gerado muito desespero, cansaço e depressão diante do acúmulo de trabalho. Ficando presos a burocracia e a realização de eventos o que os impede de sair de trás da mesa. Com isso, não acompanham de perto a prática pedagógica.
Assim como o professor é responsável, na sala de aula, pela mediação aluno/conhecimento, parceria entre coordenador pedagógico-educacional e professor concretiza as mediações necessárias para o aperfeiçoamento do trabalho pedagógico na escola. Essa parceria se traduz em um processo formativo contínuo, em que a reflexão e os questionamentos do professor quanto à sua prática pedagógica encontram e se confrontam com os questionamentos e fundamentos teóricos evocados pelo coordenador (...), num movimento em que ambos se formam e se transformam. (PLACCO, 2007, p. 95)
            Ter habilidades e saber aplicá-las no ambiente de trabalho só pode facilitar a vida de qualquer profissional. Quanto ao Pedagogo na função de Coordenador Pedagógico não é diferente, pois no mundo globalizado destacam-se as habilidades que de alguma forma envolvem determinação. Assim, cabe ao mesmo proceder, agir, reagir estando ciente do seu trabalho, demonstrando também a vontade de solucionar os problemas que surgirem.
Ser um Pedagogo na função de Coordenador Pedagógico não é fácil, o ideal é fortalecer seus pontos fortes e minimizar os fracos lembrando que o mesmo deve tratar a sua equipe pedagógica com muito cuidado, zelando pela boa convivência, rompendo com as diferenças, construindo junto.
Portanto, cultura é o resultado de um complexo conjunto de processos de aprendizagem os quais são, apenas parcialmente, influenciados pelo comportamento e vontade do líder. Por outro lado, destaca-se que a cultura organizacional indica o clima e as práticas que as organizações desenvolvem ao "redor" dos seus funcionários. (RIBEIRO, 2003, p. 63).

            Indubitavelmente, estamos vivenciando muitas mudanças nos diferentes setores dentro das sociedades, especificamente dentro dos espaços educativos.  As relações que envolvem trabalho nesses espaços  estão  sofrendo  muitas transformações nas últimas décadas. Esses espaços também propiciam a manifestação das especificidades, e o  coordenador  pedagógico  sabe disso pois sua atuação geralmente envolve enfrentamento, e foco no desenvolvimento da prática pedagógica. Destaca-se aqui, a urgência de uma postura renovada diante dos processos educativos, acreditando-se que o Coordenador Pedagógico pode e deve usar suas habilidades para dar um sentido novo ao seu trabalho diário.
2.1   O  PEDAGOGO  X  COORDENAÇÃO  DE CURSO TÉCNICO

            As funções do Pedagogo na função de Coordenador Pedagógico de um curso técnico remetem a supervisionar, acompanhar, assessorar os alunos na  realização das atividades pedagógico-curriculares, mas sua prioridade é prestar assistência didático-pedagógica aos professores no que diz respeito ao trabalho interativo com os alunos.
O papel da Pedagogia é promover mudanças qualitativas no desenvolvimento e na aprendizagem das pessoas, visando ajudá-las a se constituírem como sujeitos, a melhorar sua capacidade de ação e as competências para viver e agir na sociedade e na comunidade (FRANCO; LIBÂNEO; PIMENTA, 2007, p.89).

Essas são algumas das responsabilidades a serem assumidas pelo pedagogo diante de outras tantas especificadas nas Diretrizes Nacionais. Desse modo, é preciso compreender que ser pedagogo é ser um profissional comprometido com a formação do profissional que frequenta a escola. Especificamente, nesta pesquisa que considera a sua importância para coordenar um curso técnico profissionalizante.
[...] formulação e gestão de políticas educacionais; formulação e avaliação de currículos e de políticas curriculares; organização e gestão de sistemas e de unidades escolares; coordenação, planejamento, execução e avaliação de programas e projetos educacionais, para diferentes faixas etárias (crianças, jovens, adultos, terceira idade); formulação e gestão de experiências educacionais; coordenação pedagógica e assessoria didática a professores e alunos em situações de ensino e aprendizagem; coordenação de atividades de estágios profissionais em ambientes diversos; formulação de políticas de avaliação e desenvolvimento de práticas avaliativas no âmbito institucional e nos processos de ensino e aprendizagem em vários contextos de formação; produção e difusão de conhecimento científico e tecnológico do campo educacional; formulação e coordenação de programas e processos de formação contínua e desenvolvimento profissional de professores em ambientes escolares e não escolares; produção e otimização de projetos destinados à educação a distância, programas televisivos, vídeos educativos; desenvolvimento cultural e artístico para várias faixas etárias. (FRANCO, LIBÂNEO E PIMENTA, 2007, p. 85).

            Dessa forma, este profissional faz a análise e a avaliação diagnóstica do processo ensino-aprendizagem, articulando-se com todos os atores envolvidos na escola em busca de uma solução coletiva para os problemas a serem enfrentados. De  acordo com Vicentini et al (2006),
uma tarefa que lhe exige conhecimentos específicos voltados para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem, para o desenvolvimento e a implantação da Proposta Pedagógica e do Currículo Escolar e de Programas Educacionais, com foco em conhecimentos e atitudes. Não obstante, o coordenador pedagógico também auxilia no crescimento profissional e a formação continuada dos educadores, além do desenvolvimento de recursos pedagógicos mais apropriados para o desenvolvimento dos alunos. Dentre os gestores, pais e comunidade escolar a relação também é dialógica, de busca de parcerias e envolvimento nos projetos da escola.

Portanto, é fundamental ter clareza da importância do Pedagogo para a escola entendendo que o mesmo deve ser o representante de seu curso. Percebe-se que, a sua  representatividade vem da liderança que exerce em sua área de atuação profissional e deve ser responsável pela vinculação do Curso com os anseios e desejos do mercado de trabalho. Em vista disto, o mesmo deve manter articulação com as empresas efetivando possibilidade de colocação de novos profissionais.
Sobretudo, a importância do Pedagogo na formação de profissionais atravessa séculos, sendo transformador do conhecimento e do comportamento humano, chegando ao século XXI para contribuir significativamente com os processos produtivos e a tendência é ampliar-se à medida que se desenvolvam as transformações quanto as demandas impostas pelo mercado de trabalho.
Todavia, o Pedagogo na função de coordenador pedagógico de um curso técnico é um elemento chave. Logo, é preciso antes de tudo, conhecer sobre a modalidade de Educação Profissional e deve priorizar a formação técnica aplicada dos professores e alunos, ciente que na Educação Profissional não basta o se limitar ao campo do conhecimento teórico, é preciso acompanhar o de perto o processo de aprendizagem, estimulando professores e alunos, buscando manter se sempre atualizado, com relação às novas tecnologias e tendências do mercado de trabalho, procurar fontes de informação e refletindo sobre sua prática dia-a-dia, mantendo-se pronto para o trabalho pedagógico escolar de forma inteligente e continuada.

3      CONSIDERAÇÕES  FINAIS

A sociedade globalizada está vivendo um urgente processo de mudanças em todos os seus setores. São muitas interferências, ninguém está fora. Na escola por determinarem a metodologia de ensino e prática pedagógica tem também redirecionado a intervenção de seus profissionais.
Nesse sentido, o  Pedagogo na função de Coordenador  Pedagógico, tem como função promover o elo entre a equipe pedagógica almejando a efetivação do ensino-aprendizagem. Gerando resultados favoráveis dentro da composição de uma postura participativa e democrática na organização e desenvolvimento do trabalho pedagógico.
          Faz-se notório também que o Pedagogo na função de Coordenador Pedagogo vem se capacitando continuadamente, hoje está muito mais atento, sabe mais do que em outros tempos, se sente um agente transformador do trabalho pedagógico. Está ciente, que seu trabalho é muito mais de articulação do que burocracia, pois integra sua equipe pedagógica na busca de objetivos comuns dentro do processo de ensino-aprendizagem, consolidando boas relações interpessoais, além do desenvolvimento de habilidades que servirão de fundamentação para a organização de seu trabalho.
         
No entanto, o Pedagogo-Coordenador Pedagógico deve atuar junto aos professores e alunos de modo a planejar e desenvolver suas ações com vistas à apropriação de conhecimentos e de reflexão da prática educativa, num interagir constante, avaliando o processo de ensino, com competência e compromisso ético, sendo que o saber pedagógico é o saber que o professor constrói no cotidiano de seu trabalho e que fundamenta sua ação docente, ou seja, é o saber que possibilita ao professor interagir com seus alunos, na sala de aula, no contexto da escola onde atua.
          Os desafios do Pedagogo-Coordenador Pedagógico estão relacionados aos avanços tecnológicos e às novas expectativas das empresas que agora enfrentam mercados globalizados, extremamente competitivos. Com isso, surgem também novas exigências em relação aos desempenhos dos profissionais.

REFERÊNCIAS
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FALCÃO FILHO, José Leão M. Supervisão: Uma análise crítica das críticas. Coletânea vida na escola: os caminhos e o saber coletivo. Belo Horizonte, p 42-49, maio /94.


FRANCO, Maria Amélia Santoro; LIBÂNEO, José Carlos; PIMENTA, Selma Garrido. Elementos para a Formulação de Diretrizes Curriculares para Cursos de Pedagogia. Cadernos de Pesquisa, v.37, n. 130, jan./abr. 2007.


KUENZER, Acácia Z. Ensino Médio e Profissional: as políticas do estado neoliberal. São Paulo, Cortez, 1997.

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ZABALA, A. A função social do ensino e a concepção sobre os processos de aprendizagem: instrumentos de análise IN: ____________________. A Prática Educativa - como ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.



ZABALZA, M.A. O ensino universitário: seu cenário e seus protagonistas. Porto Alegre: Artmed, 2004.


ALMEIDA, Amador Paes. Manual das Sociedades Comerciais. 12 ed. rev. e atual  São Paulo: Saraiva, 2006.


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CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel do recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: Teoria e Prática. Goiás; Alternativa, 1996.

PILETTI. Estrutura e funcionamento do ensino fundamental. São Paulo: Ótica, 1998. 

PIMENTA, S. G. (Org.). Didática e formação de professores: percursos e perspectivas no Brasil e em Portugal. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
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RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia Empresarial: a atuação do pedagogo na empresa. Rio de Janeiro: Wark, 2003.

SANTOS, ODER José dos. Organização do Processo de Trabalho Docente: Uma análise Crítica. Texto apresentado no V encontro de Didática e Prática de Ensino. 1989. 

TARDIF, Maurice. Saberes Docentes e Formação de Professores. Petrópolis: Vozes, 2002.



VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Coordenação do trabalho pedagógico: do projeto político pedagógico ao cotidiano da sala de aula. São Paulo: Libertard, 2002.





¹Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade FUMEC; Especialista - Pós-graduada em Psicopedagogia pela Universidade UNI-BH, pos graduanda em Educação Especial e Inclusiva, em Formação de Gestores e Tutores de Pólos Ead pela FACINTER – Faculdade Internacional de Curitiba (...) e pos graduada em Formação em Gestão de Conflitos e Convivência Escolar pela FLACSO – Fundação Latina Americana de Ciências Sociais.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

CIBERBULLYING



Profª Cláudia  Honorato



1      INTRODUÇÃO

            A sociedade contemporânea passa por um momento singular em que as mudanças são muito expressivas. A cada dia, surgem novas tecnologias que  são inseridas e influenciam o ritmo de vida e alteram as relações entre as pessoas. A inserção irreversível da mulher no mercado de trabalho tem provocado sensíveis transformações no modelo familiar e, com isso, diferentes instituições educacionais são criadas para atender ou cuidar de nossas crianças. As mudanças são tantas nos mais variados setores, que podemos dizer que hoje vivemos não uma época de mudanças, mas uma mudança de época. Estamos no terceiro milênio, globalizados e numa sociedade de mercado em busca da modernização.
            Na história da humanidade existiram muitas formas de agressão e violência. Nota-se que, apesar do século XXI contemplar resultados quanto a conquistas de direitos humanos e avanços tecnológicos vem destacando-se um fenômeno denominado Ciberbullying ou Bullying Virtual e isso tem despertado o interesse de muitos estudiosos, uma vez que, tem deixado muita gente preocupada com o seu alcance nas diferentes classes dentro das sociedades.
            Tal fenômeno tornou-se uma prática que ressalta uma forma de violência que está ganhando proporções absurdas, invadindo diferentes espaços educativos, sendo disseminada através dos meios globalizados de comunicação. São eles email, telefones, mensagens por pager ou celular, fotos digitais, webcam, twitter, torpedos, blogs e principalmente pelo MSN. Nesse contexto, a internet destaca-se como por ser um espaço tecnológico amplo e com velocidade para propagar e fidelizar os horrores provocados pelo Ciberbullying.
            Todavia, o bullying significa que ocorreu violência verbal, física entre outras de reincidente e intencional em algum lugar e com qualquer pessoa, não escolhendo idade, sexo, raça, condição financeira no mundo real. Já  o  bullying  virtual depende da internet para os seus agressores na maioria das vezes anônimos promovam essa violência. A soma do bullying com bullying virtual resulta em Ciberbullying.
Nota-se que, este projeto trata do Ciberbullying na vida das pessoas, considerando a escola com um espaço onde há uma crescente desta violência entre educandos, atingindo até mesmo os educadores e gestores, tendo como objetivo a compreensão do desenvolvimento psicológico, social e cognitivo dos educandos que  sofreram algum tipo desta violência.
1.1       DELIMITAÇÃO  DO TEMA
           
O termo inglês bullying define-se como intimidação, designando as práticas de atos agressivos, como perseguição, discriminação e humilhação.  O cyberbullying  é  um  tema  relativamente  novo  na  literatura  que  envolve  a  utilização  das tecnologias digitais para promover constrangimento moral ou psicológico (MAIDEL, 2009, p.45).
            Diante do Ciberbullying, muitas pessoas sentem-se inseguras quanto em quem e no que acreditar, pois ainda falta uma legislação bem específica para punir tais atos. Infelizmente, ainda tem muitos que os comete porque têm certeza da impunidade.
            No contexto escolar, percebe-se que os educadores também estão em dúvida sobre quais caminhos devem seguir e ensinar aos seus educandos. Desse modo, manifestam que os bons valores de outrora estão sendo desconsiderados e analisam tal fenômeno como plena crise de moralidade. Essa situação traduz uma ótica pessimista e conduz, inevitavelmente, a uma reflexão sobre os valores morais e a ética para a formação da cidadania.

1.2       PROBLEMA

Como o fenômeno “Ciberbullying” interfere no desenvolvimento psicológico, social e  cognitivo dos educandos?

2      HIPÓTESE

·         O fenômeno do “Ciberbullying” causa constrangimento, assédio, difamação e violação da intimidade do educando.
·         Os recursos disponibilizados para as escolas não são suficientes para interferir e minimizar esse fenômeno social.
·         Nota-se que, no Brasil o número de profissionais capacitados para lidar com esse fenômeno não é suficiente devido à proporção desta violência que surgem nas escolas.
3      OBJETIVO GERAL

Sensibilizar educadores e educandos  para o fenômeno “Ciberbullying”e suas contribuições para a minimização desse problema.

3.1  OBJETIVOS  ESPECÍFICOS

·         Planejar palestras e rodas de conversa para debater sobre o tema, assim como esclarecer à comunidade educativa a dimensão do fenômeno “Ciberbullying” e suas conseqüências no desenvolvimento dos educandos;

·         Propôr palestras e ou ações em formação continuada aos educadores e demais membros da comunidade educativa abordando “Bullying e Ciberbullying, na perspectiva sociológica, psicológica e jurídica do tema;

·         Evitar posturas alarmistas e aterrorizantes quanto ao “Ciberbullying” e seus efeitos, pois os educandos tendem a captar tais atitudes como demonstração de insegurança dos adultos.

4      JUSTIFICATIVA

            O mundo globalizado tem promovido o crescimento acelerado da comunicação digital fortalecendo um fenômeno antigo, a violência, porém num ambiente novo, denominado por “ciberespaço”.
A educação [...] insere-se no conjunto das relações sociais, econômicas, políticas, culturais que caracterizam uma sociedade [...] na sociedade presente, as relações sociais são marcadas por antagonismos entre os interesses de classes sociais e grupos sociais, que se manifestam em relações de poder (LIBÂNEO, 2000, p. 71).

            Para tanto, nos dias de hoje é cada vez mais comum crianças e jovens e crianças se tornarem usuários ativos das redes sociais utilizando os meios digitais de  comunicação para se comunicar e também para provocar atos violência que configura o Ciberbullying. E, como usuários estes jovens diariamente promovem atos agressivos agindo individualmente ou em grupo com outros colegas.

5  FUNDAMENTAÇÃO  TEÓRICA

            As novas tecnologias do século XXI fizeram surgir o conceito de Ciberbullying colocando a disposição dos  usuários  recursos  tecnológicos que facilitam o impacto e as barreiras quanto a tempo e espaço. Cabe ressaltar que, na internet há muita comunicação em tempo real em qual localidade do mundo que tiver um terminal de computador conectado.
A espacialidade criada pela rede mundial de computadores, o ciberespaço, está para a contemporaneidade como a eletricidade esteve para a era industrial, tendo em vista que a velocidade e a flexibilidade com que as informações passaram a ser trocadas possibilitaram a organização da sociedade em redes, base da Era da Informação (CASTELLS, 2003, p. 48).

            Portanto, qualquer discussão envolvendo o Ciberbullying refere-se às violências oriundas da interação entre os usuários. Isto é, remetem aos atos capazes de causar exposição desnecessária, constrangimento, ameaça ou humilhação a um determinado usuário, invadindo assim a sua vida pessoal.
O bullying, palavra derivada do verbo inglês bully (termo utilizado para designar pessoa cruel, intimidadora, muitas vezes agressiva) significa usar a superioridade física ou moral para intimidar alguém. O termo, adotado em vários países, vem definir todo tipo de comportamento agressivo, intencional e repetido inerente às relações interpessoais. Ofender, zoar, gozar, encarnar, sacanear, humilhar, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar e quebrar pertences são comportamentos típicos do
fenômeno (GUIMARÃES, 1994. p.36).

            O Ciberbullying deve ser definido com o bullying praticado com uso de tecnologias. A qualificação do bullying como ato pessoal entre duas pessoas ou um grupo.  A rigor, assim como o bullying presencial, o virtual configura-se a partir da sua reincidência. Percebe-se que, os tipos de Ciberbullying são variados, cada um com sua característica e podem estar presentes em qualquer localidade, a qualquer momento. Sua ocorrência tem a ver com o constante acesso de suas vítimas em ambientes comuns nas redes sociais. Em outras palavras, para melhor exemplificar seguem  uma  lista  de  atos  cometidos  por  agressores  do  Ciberbullying, sendo:

1. Provocação incendiária: brigas, discussões iniciadas online por meio de mensagens eletrônicas que utilizam linguagem vulgar e ofensiva. Esse tipo de agressão habitualmente tem um início brusco e um aumento em torno da discussão muito rápido; 2. Assédio: envio de mensagens ofensivas, desagradáveis e/ou insultantes; 3. Difamação: injuriar ou difamar alguém online, mandando rumores, fofocas ou mentiras, normalmente de tipo ofensivo e cruel, para causar danos à imagem ou à reputação de alguém e suas relações com outras pessoas; 4. Suplantação da personalidade: usar os dados pessoais ou a aparência de uma pessoa para se fazer passar por ela e fazê-la ficar mal frente aos demais, cometer atos inapropriados, causar danos à reputação ou gerar conflitos com seus conhecidos; 5. Violação da intimidade ou jogo sujo: difundir os segredos, informação comprometedora ou imagens de alguém online. Em alguns casos pode-se enganar alguém para que ele mesmo seja quem as divulgue sem saber sua repercussão; 6. Exclusão: distanciar alguém de modo intencional de um grupo online; 7. Ciberameaça: envio repetido de mensagens que incluem ameaças ou muito intimidadoras. Pode incluir que o ameaçador se inscreve em atividades em que a vítima participa de modo que essa se sinta perseguida e vulnerável (ORTEGA; MORA-MERCHÁN, 2007, p.45).
           
As pessoas envolvidas com o Ciberbullying são vítimas de atos violentos, sofrem com a exclusão e isso é muito ruim, pois provoca nas mesmas algum tipo de comprometimento quanto ao desenvolvimento psicológico, social ou cognitivo. Acredita-se que, pelo anonimato que tais atos tomam um caráter bem mais agressivo, levando a vingança e revanche. 
            Historicamente, o Ciberbullying  surgiu em 2006 nos Estados Unidos a partir de namoros virtuais em sites específicos  e ou espaços individuais, tendo como fator motivador inúmeros trotes passados por uma dona de casa enviando seu perfil falso para conquistar / assediar amorosamente outros homens.
            No Brasil, a preocupação com o Cyberbullying vem avançando onde os educadores e familiares tem a incumbência de identificar e intervir nos casos com o objetivo que a situação violência acabe. No cotidiano escolar observa-se que o comportamento do aluno é reflexo das experiências vividas no meio familiar e social. É comum encontrar alunos problemáticos que são filhos de famílias desestruturadas, onde um dos pais é ausente por algum motivo ou não dão a devida importância para a vida escolar e social do filho. Apesar dessa importante observação, não se pode atribuir a esse fator como sendo a única causa do problema. É importante perceber que cada indivíduo responde diferentemente aos estímulos provindos do meio.
            Conforme Abramovay (2009, p.123) podem-se classificar as distintas violências como: violência dura (gestos e atos físicos, como agressões, roubos, assassinatos, estupros etc.), microviolências, incivilidades ou violência simbólicas (como ameaças, insultos, humilhações, olhares, silêncios, zombarias, estigmas e preconceitos que atuam, sobretudo, no campo das subjetividades) ou conflitos sociais como escravidão, racismo, desigualdade social, de gênero, dominação econômica, disputa de território etc.
            As conseqüências psicológicas, sociais e cognitivas deixadas pelo Ciberbullying  podem  ser desastrosas para as vítimas, onde podem surgir doenças graves e permanentes como transtorno do pânico, fobia escolar, fobia social, depressão, transtorno de ansiedade, anorexia, bulimia, suicídio, homicídio entre outros.
            Partindo do exposto, fica evidenciado que é de fundamental importância que Ciberbullying como tema em destaque no momento seja discutido nos diferentes espaços educativos, buscando propostas que visem uma conscientização quanto um nova postura, uma formação da personalidade e do caráter, conduzindo a cidadania. Mas, as ações não podem ocorrer de forma isolada, há sim que envolver a sociedade como um problema de saúde pública desde século XXI. Nesse sentido, cabe a família, espaços educativos, principalmente, a escola e do poder público o papel a elaboração de ações para proteção consciente quanto ao mundo atual e as violências advindas dele.

6  PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
            Para  desenvolvimento do  projeto destaca-se:
·         Estudos e referências de cunho bibliográfico para embasamento de toda prática educativa;
·         Envolver toda a comunidade educativa em reuniões, debates, fóruns e outros na discussão, elaboração, pratica pedagógica das ações que envolvem as orientações, procedimentos quanto a não ser vítima do Ciberbullying.





7   RESULTADOS  ESPERADOS

            O entendimento sobre o Cyberbullying é fundamental a toda comunidade educativa. O fenômeno vem ocorrendo dentro de fora dos espaços educativos, porém a escola o evidencia com mais freqüência por ser um espaço de produção de conhecimentos.
            Entretanto, como resultados  espera-se:
·         Esclarecer à comunidade educativa a dimensão do fenômeno “Ciberbullying” e suas conseqüências no desenvolvimento dos educandos;

·         Formação continuada aos educadores, pais e ou responsáveis e demais membros da comunidade educativa abordando “Bullying e Ciberbullying, na perspectiva sociológica, psicológica e jurídica do tema;

·         Evitar posturas alarmistas e aterrorizantes quanto ao “Ciberbullying” e seus efeitos, pois os educandos tendem a captar tais atitudes como demonstração de insegurança dos adultos.

 REFERENCIAS  BIBLIOGRÁFICAS

ABRAMOVAY, Miriam; CUNHA, Anna Lúcia; CALAF, Priscila. Revelando tramas, descobrindo segredos: violência e convivência nas escolas. Brasília: RITLA/SEDF, 2009.


CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro Jor;Ge Zahar Editor, 2003.


GUIMARÃES, Janaína Rosa. Disponível em:  http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas .aspx?cod=80895. Acesso em: 30 10 12.


LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2000. 


MAIDEL, Simone. Cyberbulliyng: um novo risco advindo das tecnologias digitais. Revista Electrónica de Investigación y Docencia (REID). pag. 113-119. Junho de 2009.
           
                      
ORTEGA, Rosario & MORA-MERCHÁN, Joaquín A. The New Forms of School Bullying and Violence. In: Acting Against School Bullying and Violence. Landau: Verlag Empirische Pädagogik, 2007.